O feitiço contra os feiticeiros

IMG_5589Tradução” Desiste! Eles não te querem receber.

E se as razões que colocaram no poder os populistas identitários forem as mesmas que os podem tirar do poder? As recentes derrotas de Boris Johnson e Salvini são indícios de que o feitiço se pode virar contra os feiticeiros.

Anunciar hoje a morte da democracia liberal é tão prematura, como foi a do seu triunfo definitivo há 30 anos, com o colapso da alternativa comunista, como alerta Yascha Mounk na revista Foreign Affairs.

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Apresentação de “25 de Abril no Futuro da Democracia” na Feira do Livro do Porto

Por Ricardo Amorim Pereira

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Ao sabor da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen e de seus versos “Esta é a madrugada que eu esperava / o dia inicial, inteiro e limpo”, e de “Tanto mar”, de Chico Buarque, com seu refrão “Sei que estás em festa, pá / Fico contente / Guarda um cravo para mim”, ambos declamados pelo ator Pedro Almendra, iniciou-se a apresentação de 25 de Abril no Futuro da Democracia, no passado dia 6 de setembro, na Biblioteca Almeida Garrett, inserido na programação da Feira do Livro do Porto.

Do painel fez parte o ilustrador, responsável pela pintura da capa, Albuquerque Mendes, a historiadora Irene Pimentel e o autor Álvaro de Vasconcelos.

Após a declamação de poemas, Albuquerque Mendes tomou a palavra para explicar o sentido da sua ilustração. Segundo ele, alinhado com o pensamento de Vasconcelos, a pintura procurou representar uma amalgama de gentes, de nações, de povos, numa lógica inclusivista que se opõe, por completo, às lógicas obscuras proclamadoras de perigosas utopias de purezas raciais.

Vasconcelos procura, com esta obra, refletir acerca dos processos democráticos do passado recente que se espalharam um pouco por todo o mundo e que tiveram no exemplo da transição democrática portuguesa um referencial. Como referiu Samuel Huntington, foi a Revolução dos Cravos a lançar a terceira vaga democrática que, como lembrou Vasconcelos, ecoou pela América Latina nos anos 80, na Europa de Leste nos anos 90 e, no final da primeira década deste século, no mundo árabe. Hoje, contudo, as forças obscuras e autoritárias estão, com maior ou menor intensidade, a ressurgir em todos os continentes e torna-se urgente repensar a democracia. Continuar a ler “Apresentação de “25 de Abril no Futuro da Democracia” na Feira do Livro do Porto”

Porto | Apresentação pública do livro, O 25 de Abril no futuro da democracia

A apresentação pública do livro “25 de Abril no futuro da democracia” de Álvaro Vasconcelos, seguida de debate, realiza-se no próximo dia 6 de setembro, pelas 21:00h, no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garret (localizada nos Jardins do Palácio de Cristal – Porto).

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Data

6 de setembro de 2019, às 21:00

Local

Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garret – Porto.

O livro “O 25 de Abril no Futuro da Democracia”, de Álvaro Vasconcelos, publicado pela Editora estratégias criativas, alerta para a necessidade de olhar a revolução portuguesa perante a emergência do Nacionalismo, do populismo e do racismo. O impulso democrático dos anos 70 parece ter-se esgotado, como atestam as vitórias de Trump e de Bolsonaro e os avanços da extrema-direita na Europa. Irá a crise das democracias aprofundar-se? Irá a União Europeia sobreviver à crise das suas democracias? Irá Portugal escapar à vaga populista? Que prioridades para reverter o refluxo democrático? São estas algumas das questões que estarão em discussão neste debate e para o qual a opinião de todos é essencial.

Painel

Álvaro Vasconcelos (Autor)

Irene Pimentel (Historiadora)

Albuquerque Mendes (Pintor)

Pedro Almendra (Ator)

Entrada livre.