Nacionalismo, racismo e identidade: contexto e tessituras nacionais

Por Ana Rodrigues

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“O olhar do Ocidente, a civilização que fez o seu ascenso percorrendo o espaço atlântico aberto por Colombo, cegou quando se pôs a observar o que não era europeu ou ocidental. Quando observou o Outro, o oculus mundi perdeu a visão, paradoxalmente, devido às suas percepções e previsões. Não só ajudou a falsificar o Outro, mas de facto inventou-o a partir dos próprios demónios internos da Europa – receios, ansiedades e alienação.”[1]

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Do Pontal a Charlottesville

Pedro Bacelar de Vasconcelos

 

No Pontal, o líder da oposição inaugurou o ano político com um discurso que imita o estilo de Donald Trump e copia alguns dos tópicos preferidos da extrema-direita americana e europeia que apontam os imigrantes como os responsáveis por toda a miséria e a insegurança do mundo ocidental. Prenúncios inquientantes que não podem ser ignorados, depois do silêncio cúmplice face às declarações racistas contra os ciganos, pronunciadas pelo seu candidato a Presidente da Câmara de Loures. Não era esta a linguagem do PSD e é lamentável esta colagem às palavras de ordem dos “supremacistas brancos”, da Direita Alternativa, do Ku Klux Klan e outros movimentos racistas e xenófobos que se manifestaram em Charlottesville, onde foi assassinada uma mulher de 32 anos por um dos manifestantes, em nome do ódio aos estrangeiros, dos preconceitos raciais, da intolerância religiosa e do encerramento das fronteiras.

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