Utopias Europeias: fotografias da sessão ‘A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade’

 

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Milton Hatoum e Lídia Jorge foram os convidados da sétima sessão do ciclo de conferências “Utopias Europeias: o poder da imaginação e os imperativos do futuro”, que decorreu na última segunda-feira à noite, dia 21 de Fevereiro, no Auditório da Fundação de Serralves.

Sob a moderação de Isabel Pires de Lima e com os comentários de Ana Paula Coutinho, ambos, escritores maiores da língua portuguesa, conversaram sobre ‘A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade’.

Veja aqui as fotografias (*) da sessão.
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A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade (*)

(*) Breve relato da sessão “A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade”, por Fátima Vieira, Vice-Reitora da Universidade do Porto (Cultura, Museus e U.Porto Edições).

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25 de fevereiro

Só de ouvir a Lídia Jorge apetece-me ir para casa escrever um poema, exclamou Ana Luisa Amaral.

O caso não era para menos. Lídia Jorge estivera a falar de literatura e resistência, da necessidade de se fomentar uma cultura da lembrança, do livro como uma das Utopias fundamentais do nosso mundo – um espaço de ensaio da escrita do Outro e uma forma de hospedagem do leitor -, e da grande ameaça que impende sobre a humanidade quando os livros são proibidos.

Milton Hatoum falou também sobre a proibição de livros, uma espécie de Fahrenheit 451 do século XXI que está a acontecer no Brasil com o banimento, anunciado pelo Ministro da Educação brasileiro, dos livros de Paulo Freire, o grande utopista de uma educação para a solidariedade e a fraternidade. E inspirou a plateia ao afirmar a literatura como um ato de esclarecimento e emancipação, um dos caminhos essenciais da Hospitalidade.

Ana Paula Coutinho, que na sessão cumpriu o papel de Comentadora, lembrou que o pensamento da Hospitalidade é estruturante da cultura ocidental e alertou para o trabalho que é ainda necessário fazermos de difusão e atualização, para o nosso tempo, dessas matrizes narrativas, ao mesmo tempo que deixou no ar uma pergunta incómoda: quem é que narra o cosmopolitismo dos pobres?

A Utopia da Hospitalidade é, como afirmara Alvaro Vasconcelos na abertura da sessão, uma utopia social essencial para a nossa vida em sociedade.

Ainda bem que podemos contar com os escritores. É que, como disse Milton Hatoum, às vezes os escritores lançam sementes que parecem delírios. E, como antes afirmara Lídia Jorge, um livro é uma promessa de paz.

Ana Luísa Amaral, espero que estejas a escrever o teu poema. Enquanto aí estiveres, sabemos que é possível resistir.

*Fotografia: Serralves.

A Utopia da Hospitalidade

Por Gonçalo Marcelo*

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À medida que ganha força, na Europa e noutros contextos geográfico-políticos, o discurso xenófobo que faz dos migrantes o bode expiatório de todos os males da sociedade, o próprio conceito de hospitalidade – já para não falar do dever de hospitalidade – parece ter-se tornado polémico. Fará, portanto, sentido falar de uma utopia da hospitalidade? O debate não é novo, mas o problema é recorrente, porquanto na distância que vai entre o ideal ético e a prática concreta se cava um hiato cuja transposição parece difícil, se não mesmo impossível.

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A UTOPIA DA HOSPITALIDADE – UNIDADE NA DIVERSIDADE

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No próximo dia 25 de fevereiro, pelas 21h30, no Auditório de Serralves, terá lugar o sétimo debate do ciclo de conferências “Utopias Europeias: o poder da imaginação e os imperativos do futuro” dedicado ao tema A UTOPIA DA HOSPITALIDADE – UNIDADE NA DIVERSIDADE.

Este será um debate entre os que consideram que a hospitalidade é um imperativo ético e que dele decorre a institucionalização do multiculturalismo como garante da unidade na diversidade e os que consideram que as democracias são comunidades de cidadãos unidos pelos princípios da liberdade e da igualdade, independentemente dos particularismos culturais.

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Lídia Jorge e Milton Hatoum serão os oradores desta sessão que contará com a moderação de Isabel Pires de Lima e comentário de Ana Paula Coutinho.

Bilhete da Sessão: €5 (50% desconto para Estudantes, > 65 e Amigos de Serralves).

Mais informação sobre o ciclo: AQUI.

Mais informação sobre a sessão: AQUI.

Contámos com a V/ presença e participação,

Fórum Demos.

A UTOPIA TECNOLÓGICA

Resumo da Sessão A UTOPIA TECNOLÓGICA – A INOVAÇÃO AO SERVIÇO DA HUMANIDADE

Por Filipa M. Ribeiro*

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Introduzido pelo filme Gattaca, o debate subordinado ao tema “Utopia Tecnológica – A Inovação ao serviço da Humanidade”, começou com a intervenção do Engenheiro Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação da União Europeia. O orador iniciou a sua prelecção com duas questões que, na sua opinião, devem estar na base de qualquer questionamento: qual a utopia que queremos e que tipos de utopias?

“Por exemplo, se eu pensar num mundo sem plástico, preciso de uma utopia criativa compatível com a liberdade humana, mas com potencial para a aumentar. Porque, na ciência, as utopias definem metas sociais aos cientistas inovadores. Cada vez é mais precisa uma mission-driven science. Há que explicar porque é importante investir em Ciência”.

Carlos Moedas lembrou ainda que a utopia tem sempre uma história e é positiva quando implica uma conexão social. O também engenheiro civil exemplificou com a questão da Inteligência Artificial em que se observa medo por parte das pessoas. “O pior que temos hoje a fazer é olhar para a frente com medo”, observou. Continuar a ler “A UTOPIA TECNOLÓGICA”

Imigração, fronteiras e diversidade

Por Ana Rodrigues

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Com a decretada falência do multiculturalismo e numa era de super-diversidade[1], as abordagens à integração de estrangeiros têm vindo a transmutar-se. A União Europeia como um todo e os Estados que a constituem têm sido, cada vez mais, palco de discursos políticos inflamados sobre identidades nacionais, coesão social e valores comuns, e os imigrantes vistos como incapazes de partilhar ou respeitar esses valores comuns. Dentro destes, aqueles que levantam maiores suspeitas têm sido os muçulmanos, acusados de carrearem valores incompatíveis com os valores europeus, de serem, nas palavras de B. Parekh, um “outro hostil”, ou “um inimigo dentro de portas”[2].

Dizer que os movimentos migratórios que se verificaram na Europa nos últimos anos vieram alterar ainda mais a sua paisagem política, jurídica e comunicacional pecará talvez por defeito. As vagas de migrantes (lato sensu), a franca maioria dos quais com necessidade de protecção internacional, levaram os Estados-Membros e a própria União a uma redefinição da sua identidade e dos seus valores, exponenciando um caminho que já se vinha sentindo de há umas décadas a esta parte, de sensação generalizada de perda de identidade e de grande dificuldade em lidar com a diferença. Continuar a ler “Imigração, fronteiras e diversidade”

A UTOPIA DA HOSPITALIDADE – UNIDADE NA DIVERSIDADE

Milton Hatoum e Lídia Jorge reúnem-se no próximo dia 25 de fevereiro, às 21:30, em Serralves, para debater a Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade. A sessão contará ainda com os comentários de Ana Paula Coutinho (Professora da Faculdade de Letras do Porto e Coordenadora Científica do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa) e será moderada por Isabel Pires de Lima (Professora Emérita da Universidade do Porto).

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(Crédito da foto: Marcos Alves)

Sobre os Oradores:

MILTON HATOUM nasceu em Manaus (1952). Estudou arquitetura na USP e estreou na ficção com “Relato de um certo Oriente” (1989), vencedor do prêmio Jabuti (melhor romance). Seu segundo romance, “Dois irmãos” (2000), foi traduzido para doze idiomas e adaptado para televisão, teatro e quadrinhos. Com “Cinzas do Norte” (2005), Hatoum ganhou os prêmios Jabuti, Portugal Telecom, Livro do Ano, Bravo! e o Grande Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2006, lançou “A cidade ilhada”, uma reunião de contos breves. Em 2008, seu romance “Órfãos do Eldorado” foi adaptado para o cin ema, e em 2013 reuniu suas crônicas em “Um solitário à espreita”. Em 2018 recebeu da  Maison de l´Amérique Latine e do Pen Club da França o prêmio “Roger Caillois” pelo conjunto da obra.  O romance “A Noite da espera” (2017), publicado recentemente em Portugal,  é o primeiro volume da trilogia “O lugar mais sombrio”.

Lídia Jorge

(Crédito da foto: Foto LJ- ALFREDO CUNHA)

LÍDIA JORGE escreve ficção, romance e conto, ensaio, teatro e crónica que publica em diversos jornais do país. O seu primeiro romance, O Dia dos Prodígios, foi publicado em 1980, o último, Estuário, um livro sobre a vulnerabilidade do Mundo contemporâneo, saiu em Maio do ano passado. Os seus livros estão publicados em vinte línguas. Actualmente, colabora com a RDP, Antena 2, onde é responsável pelo programa Em Todos os Sentidos.

Mais informação sobre a sessão: AQUI

 

Smile Bike smile Byte, até reaprendermos o Flâneur

Por Carlos Figueiredo*

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(Imagem: pintura de Paulo Medeiros)

Smile Bike é o nome de um projeto que junta três entidades que querem contribuir para que mais pessoas possam ter transporte sem custos para poderem aceder a emprego.

Research é o nome de um outro projeto que junta duas empresas com o objetivo de antecipar necessidades de comunicação entre pessoas em modo de entretenimento.

Os dois promotores e empreendedores querem servir a sociedade por via daqueles projetos resultando destes um usufruto gratuito. O alvo do Smile Bike são pessoas de Moçambique. O alvo do Research são pessoas de todo o mundo.

O primeiro projeto, que visa angariar fundos para a compra de bicicletas, usa a tríade parceira para alargar a rede de doadores e alcançar o alvo. Para isso faz uso do know-how de um empreendedor no setor das bici, beneficia do carisma e capital de credibilidade mobilizador do parceiro cultural, a ACERT Tondela, e tira partido do conhecimento de uma ONG que opera em Moçambique.

O segundo projeto quer saber sobre hábitos e tendências de utilização de informação em smartphones por pré-adolescentes (13 anos). Para isso engenheira data analytics, ou seja, trata estatisticamente os dados recolhidos e analisa por estes padrões de comportamento, e acede aos “escutados” via parceiro, que procede à identificação do alvo e ao pagamento pela sua participação. Os dados dos equipamentos dos indivíduos alvo incluem, ainda, dados de terceiros – quem interage com os “escutados”, embora desconhecendo que são alvo de “escuta”.

O ideólogo do Smile Bike é Nelson Martins, da empresa VeloConcept. O rosto do Research é Mark Zuckerberg, patrão do Facebook. A semelhança entre estes empreendedores é o seu foco no saber fazer, bem. Um quer fazer o bem, o outro bem. A diferença não é semântica, é de forma. O título da notícia que refere cada um destes projetos é disso revelador: in Jornal o Centro: “Empresa de Viseu vai enviar 50 bicicletas para Moçambique”; in Wired: “By defying Apple’s rules, Facebook shows it never learns” .

A relação entre ética e negócios é um assunto mais do que debatido, embora não apreendido por muitos que têm a responsabilidade de empreender. Menos tratada é a perceção sobre como a ética influencia positivamente a inovação. Será isto uma quimera? Como tantos outros, Nelson Martins mostra que não. O resultado da relação entre aqueles dois construtos é o que dela fizermos.

Empresas como o Facebook inovam essencialmente na forma como criam envolvência entre os frequentadores da sua rede social. O decréscimo de apelo pela rede entre os mais jovens eleva a tensão no grupo empresarial, pelo que estes entendem ser preciso bisbilhotar o querer e o crer dos pré-adolescentes que esgotam o seu tempo a olhar para uma tela de 5-6 polegadas.

A pesquisa de mercado é aceitável, a forma como o fazemos é discutível, mas o seu fim deve lançar-nos à interrogação. Afinal, face à morte, nas exéquias fúnebres, o que se menciona é o bem que a pessoa fez aos outros, o tempo que deu, o valor que legou à sociedade, nunca o que ela cobrou, o que teve ou comprou, ou quantos vinculou a um estado de mau viver (ainda que o livre-arbítrio seja da responsabilidade de cada um).

O Facebook visa manter a envolvência da sua audiência para argumentar em favor da estabilidade do seu produto, que é o que resulta de uma comunidade que se julga a navegar livremente, em troca do seu tempo e da identificação dos seus interesses. Com isto, o Facebook tem, pelo menos, ganhos com a venda de publicidade, dos dados e do que sabe sobre as pessoas para construir ou suportar outros negócios. Dito assim parece ardiloso, e Zuckerberg arrisca-se a ter poucas palavras abonatórias no seu obituário. Porém, o sugo à plateia do Facebook não é diferente do que se que faz com a suposta festa em torno de alguns festivais, tais como o da Zambujeira do Mar. Coloca-se música alta e alienante, muito antes do dito programa oficial, e dão-se condições para consumos diversos, num ermo. Apoia-se a permanência dessa audiência, consumidora, pelo engodo do camping, num outro ermo. Faculta-se o transporte entre ermos e os banhos de praia, e, controlada a audiência, vende-se o “produto” a entidades de diversão, alimentação, bebidas… A estabilidade e previsibilidade da audiência garante o negócio, tal como faz o Facebook. Estes exemplos pretendem, apenas, ajudar-nos a ver o ponto de contacto entre o que nos parece global e distante daquilo que é local e próximo, e, questionarmos sobre a diferença entre aquelas atividades e a de Flâneur?

Flâneur, que pode ser entendido como o deambular no território, é um conceito pleno de significado na cultura literária francesa do século XIX – referida como essencialmente intemporal.

Flâneur retrata o andarilho apaixonado e emblemático que se retira do mundo enquanto navega ao tique-taque do seu coração. Ora, hoje o único tique-taque que se conhece é o da produtividade. É a agitação que dita o movimento, não a contemplação, pois não há tempo para a reflexão sobre o como e o para onde. Estamos apenas a ir na criação desenfreada do novo, mesmo que desnecessária, ou conducente à automutilação – emprego, bem-estar, tempo em família… Como camisola amarela, a esquizofrenia na inovação, que por vezes mais parece ser “fluffy” do que valorosa.

O Flâneur passou da cidade para a Web. À semelhança do que sucedeu com as grandes metrópoles, que já não nos permitem deambular como antes, a Web, no seu percurso de evolução algorítmica e dos modelos de negócio contíguos (não tanto estes, mas mais o que destes se quer retirar), gerou o estreitamento da diversidade. Engaiolou as pessoas em contrapartes de homophily por gostos e afins semelhantes. A maior parte de nós circula hoje por avenidas com destinos concretos. Os becos quase desapareceram, tal como a surpresa, a novidade, o acesso “livre” da Web!

Surpresa, pela forma, não do conteúdo, é o que o novo romance do escritor francês Michel Houellebecq, Sérotonine, nos traz. É tal como o fim do deambular, mas agora nas nossas referências consciente e subconscientes.

O livro chegou quase que em simultâneo a incontáveis livrarias de todo o mundo, encenando a impressão e a distribuição à la Web, instantânea e em toda a parte. Porém, para que os trezentos e vinte mil exemplares da primeira impressão sejam igualmente apetecíveis por tantos e em tantos lados distintos, algo aquela escrita tem de ter, ou não ter. Qual o segredo? Talvez seja o drenar, o mais possível, das referências de identidade ou de identificação do leitor. Referências que, drenadas, porventura, já não gerarão conflito íntimo pela distância cognitiva e emocional entre o que sabe e sente e aquilo que se lê. É, em suma, a promoção do horror ao novo, é a chegada ao glocal literário.

Glocal literário que promove a convergência do local e do global, ou seja, é o aplanamento das nossas referências, de nós mesmos. Mas, então, e no meio disto, o que é afinal um escritor? É aquele que apura a sua técnica para chegar ao seu leitor, ou aquele que chega, economicamente, por não chegar, de facto, à construção de nenhum ser? É o que de nós fazemos; é o dizer que escrevemos em vida sobre o nosso obituário; é, bem fazer, bem, ou «non fare niente». E é para este “nenhum” que muitos nós trabalhamos e inovamos.

Aceleradamente e até que aprendamos, esta é a sociedade alienada, que não sabe o como e o para onde, que não distingue a diferença entre um concerto na Zambujeira de um momento musical numa sala perto de si; esta é a sociedade que não identifica diferenças entre o bem que é enviar bicicletas para Moçambique, do pernicioso que é dar dinheiro a uma criança de 13 anos para se deixar espiolhar. É a sociedade que tudo faz para não ter pessoas a deambular para se deixarem surpreender, pelo bem.

«Pequenas coisas na vida suplantam os “grandes eventos”» – Peter Altenberg

Referências

Jornal do Centro: https://www.jornaldocentro.pt/online/regiao/empresa-de-viseu-vai-enviar-50-bicicletas-para-mocambique/.

Wired: https://www.wired.com/story/facebook-research-app-lessons/?fbclid=IwAR26pE5p2FrGQPUfvl8424y7aeOxetKtmhHJ2DEREPR7OhfT2ltV3UrUfXo

https://www.theparisreview.org/blog/2013/10/17/in-praise-of-the-flaneur/.

Sobre o Flâneur: https://www.publico.pt/2019/01/25/culturaipsilon/opiniao/literatura-mundial-autoextincao-1859032.

NY Times: https://www.nytimes.com/2012/02/05/opinion/sunday/the-death-of-the-cyberflaneur.html?pagewanted=all&_r=0.

*Carlos Figueiredo tem doutoramento em Media Digitais pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto no âmbito do programa UT Austin (Texas) |Portugal (dezembro de 2014) e uma licenciatura de cinco anos em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (fevereiro de 1998). Atualmente desenvolve um projeto de empreendedorismo e inovação. Com uma diversificada vivência profissional e académica em países como Portugal, EUA, Alemanha, Irlanda, Marrocos e Itália, foi desenvolvendo a sua atividade nos domínios das TIC, indústria, consultoria de inovação, cultura e turismo. Como principais responsabilidades destacam-se as de gestor de projetos e de equipas multidisciplinares, empreendedor em diversos domínios, co-fundador e CEO da Editonweb.com (2003-10), co-fundador e ativista do Núcleo de Viseu da Amnistia Internacional (2012-16), gestor e membro activo da Zunzum-AC (2012-2016).