Fórum Demos associa-se ao manifesto Fim da Guerra na Europa.
O manifesto foi assinado em Portugal por: Álvaro Vasconcelos; Ana Gomes; Guilherme d’Oliveira Martins; Isabel Pires de Lima; Luís Braga da Cruz; Luísa Schmidt; Pedro Bacelar de Vasconcelos e Tânia Cerqueira.
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Fim da Guerra na Europa
Um Apelo à Ação Cívica na Europa e Além
Outra guerra na Europa já não parece ser improvável. Para algumas pessoas do continente, já tem sido uma realidade na Ucrânia, na Geórgia, em Nagorno Karabakh e na fronteira Turco-Síria. Também é as construções militares e as ameaças de uma guerra em larga escala.
A arquitetura de segurança europeia, criada após a Segunda Guerra Mundial e, depois, nos acordos de Helsínquia, revelou-se desatualizada e enfrenta o seu desafio mais sério em décadas.
Nós, ativistas cívicos de Estados signatários da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, membros do Conselho da Europa ou participantes na OSCE, constatamos a necessidade urgente de prevenir a guerra na Europa.
Acreditamos que a ligação entre paz, progresso e direitos humanos é inextricável. Uma sociedade civil forte e livre, um Estado de direito e garantias reais para a proteção dos direitos humanos são elementos-chave de segurança abrangente dentro da Europa alargada, mas a repressão coordenada e propositada das instituições da sociedade civil em vários países como tema está à margem das relações internacionais. O contágio autoritário, como visto na Rússia, Turquia, Bielorrússia, Azerbaijão, Polónia, Hungria, e nos fenómenos Brexit e Trump, está associado a conflitos internacionais, injustiça social, discriminação e divisão. É uma ameaça tão perigosa como a pandemia da COVID-19 ou as alterações climáticas.
Estamos convencidos de que esses desafios comuns devem ser enfrentados através do diálogo internacional, do qual a sociedade civil é parte integrante. Tal diálogo internacional deveria incluir três pilares fundamentais que definiram os acordos de Helsínquia: (1) segurança, desarmamento e integridade territorial; (2) cooperação económica, social, sanitária e ambiental; (3) direitos humanos e o Estado de direito.
Apelamos à boa vontade dos Estados para prosseguir esse diálogo e sublinhamos o nosso empenho em apoiar esses esforços.
Acreditamos que um movimento cívico internacional conjunto, com uma postura antiguerra e pró-direitos humanos é uma necessidade e comprometemo-nos a prosseguir a sua formação em toda a Europa.
Por favor, junte-se a nós.
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