André Barata, Professor na Universidade da Beira Anterior
André Barata, atendendo à questão de se saber qual dos valores de Abril – igualdade ou liberdade – estaria mais em risco com a presente pandemia, fez saber que igualdade pressupõe um processo de construção lento e que a desigualdade de rendimentos, neste contexto, pode tornar-se numa desigualdade de “vida ou de morte”. Com efeito, salientou ser empírico que a mortalidade por COVID -19, em certos países e regiões, afeta em maior grau os mais vulneráveis do ponto de vista económico. Para além das desigualdades sociais, considera “perturbadoras” as desigualdades, pelo critério etário, que as respostas à atual pandemia estão a cristalizar. Salientou que são as conquistas de Abril – Serviço Nacional de Saúde, escola pública, proteção social estatal, etc. – que estão a permitir evitar-se os piores cenários, absorvendo os piores impactos da pandemia.