Forum Demos Podcast: Hospitalidade em Portugal – A língua enquanto instrumento de integração

Está no ar o terceiro episódio do nosso Forum Demos Podcast no Spotify. Venham daí ouvir o Podcast #3/3.

Na terceira entrevista curta da série sobre a Hospitalidade em Portugal, prosseguimos a auscultação do Grupo de Trabalho sobre o Acolhimento de Migrantes e Refugiados da Assembleia de Cidadãos do Festival Transeuropa 2022, organizada pelo Forum Demos com o apoio da Câmara Municipal de Valongo.

Conversamos com  Alexandre Kweh, cidadão luso-libério acerca da importância da aprendizagem da língua do país de acolhimento para a integração dos imigrantes

No próximo episódio vamos explorar um tema transversal a todos os Grupos de Trabalho da Assembleia de Cidadãos sobre a Hospitalidade: a discriminação múltipla.

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Forum Demos Podcast: Hospitalidade em Portugal – Participação eleitoral dos imigrantes

Está no ar o segundo episódio do nosso Forum Demos Podcast no Spotify. Venham daí ouvir o Podcast #2/3.

Na segunda entrevista curta da série sobre a Hospitalidade em Portugal, continuamos a ouvir os participantes do Grupo de Trabalho sobre o Acolhimento de Migrantes e Refugiados da Assembleia de Cidadãos do Festival Transeuropa 2022, organizada pelo Forum Demos com o apoio da Câmara Municipal de Valongo.

Conversamos com Gustavo Behr, cidadão luso-brasileiro, membro ativo de diversas organizações da sociedade civil na área das migrações, e ficamos a saber acerca da participação eleitoral dos imigrantes em Portugal.

No próximo episódio o nosso convidado será Alexandre Kweh e vamos conversar sobre o ensino do português como da língua de acolhimento.

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Utopias Europeias: fotografias da sessão ‘A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade’

 

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Milton Hatoum e Lídia Jorge foram os convidados da sétima sessão do ciclo de conferências “Utopias Europeias: o poder da imaginação e os imperativos do futuro”, que decorreu na última segunda-feira à noite, dia 21 de Fevereiro, no Auditório da Fundação de Serralves.

Sob a moderação de Isabel Pires de Lima e com os comentários de Ana Paula Coutinho, ambos, escritores maiores da língua portuguesa, conversaram sobre ‘A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade’.

Veja aqui as fotografias (*) da sessão.
Continuar a ler “Utopias Europeias: fotografias da sessão ‘A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade’”

A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade (*)

(*) Breve relato da sessão “A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade”, por Fátima Vieira, Vice-Reitora da Universidade do Porto (Cultura, Museus e U.Porto Edições).

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25 de fevereiro

Só de ouvir a Lídia Jorge apetece-me ir para casa escrever um poema, exclamou Ana Luisa Amaral.

O caso não era para menos. Lídia Jorge estivera a falar de literatura e resistência, da necessidade de se fomentar uma cultura da lembrança, do livro como uma das Utopias fundamentais do nosso mundo – um espaço de ensaio da escrita do Outro e uma forma de hospedagem do leitor -, e da grande ameaça que impende sobre a humanidade quando os livros são proibidos.

Milton Hatoum falou também sobre a proibição de livros, uma espécie de Fahrenheit 451 do século XXI que está a acontecer no Brasil com o banimento, anunciado pelo Ministro da Educação brasileiro, dos livros de Paulo Freire, o grande utopista de uma educação para a solidariedade e a fraternidade. E inspirou a plateia ao afirmar a literatura como um ato de esclarecimento e emancipação, um dos caminhos essenciais da Hospitalidade.

Ana Paula Coutinho, que na sessão cumpriu o papel de Comentadora, lembrou que o pensamento da Hospitalidade é estruturante da cultura ocidental e alertou para o trabalho que é ainda necessário fazermos de difusão e atualização, para o nosso tempo, dessas matrizes narrativas, ao mesmo tempo que deixou no ar uma pergunta incómoda: quem é que narra o cosmopolitismo dos pobres?

A Utopia da Hospitalidade é, como afirmara Alvaro Vasconcelos na abertura da sessão, uma utopia social essencial para a nossa vida em sociedade.

Ainda bem que podemos contar com os escritores. É que, como disse Milton Hatoum, às vezes os escritores lançam sementes que parecem delírios. E, como antes afirmara Lídia Jorge, um livro é uma promessa de paz.

Ana Luísa Amaral, espero que estejas a escrever o teu poema. Enquanto aí estiveres, sabemos que é possível resistir.

*Fotografia: Serralves.

A Utopia da Hospitalidade

Por Gonçalo Marcelo*

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À medida que ganha força, na Europa e noutros contextos geográfico-políticos, o discurso xenófobo que faz dos migrantes o bode expiatório de todos os males da sociedade, o próprio conceito de hospitalidade – já para não falar do dever de hospitalidade – parece ter-se tornado polémico. Fará, portanto, sentido falar de uma utopia da hospitalidade? O debate não é novo, mas o problema é recorrente, porquanto na distância que vai entre o ideal ético e a prática concreta se cava um hiato cuja transposição parece difícil, se não mesmo impossível.

Continuar a ler “A Utopia da Hospitalidade”

A UTOPIA DA HOSPITALIDADE – UNIDADE NA DIVERSIDADE

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No próximo dia 25 de fevereiro, pelas 21h30, no Auditório de Serralves, terá lugar o sétimo debate do ciclo de conferências “Utopias Europeias: o poder da imaginação e os imperativos do futuro” dedicado ao tema A UTOPIA DA HOSPITALIDADE – UNIDADE NA DIVERSIDADE.

Este será um debate entre os que consideram que a hospitalidade é um imperativo ético e que dele decorre a institucionalização do multiculturalismo como garante da unidade na diversidade e os que consideram que as democracias são comunidades de cidadãos unidos pelos princípios da liberdade e da igualdade, independentemente dos particularismos culturais.

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Lídia Jorge e Milton Hatoum serão os oradores desta sessão que contará com a moderação de Isabel Pires de Lima e comentário de Ana Paula Coutinho.

Bilhete da Sessão: €5 (50% desconto para Estudantes, > 65 e Amigos de Serralves).

Mais informação sobre o ciclo: AQUI.

Mais informação sobre a sessão: AQUI.

Contámos com a V/ presença e participação,

Fórum Demos.

Imigração, fronteiras e diversidade

Por Ana Rodrigues

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Com a decretada falência do multiculturalismo e numa era de super-diversidade[1], as abordagens à integração de estrangeiros têm vindo a transmutar-se. A União Europeia como um todo e os Estados que a constituem têm sido, cada vez mais, palco de discursos políticos inflamados sobre identidades nacionais, coesão social e valores comuns, e os imigrantes vistos como incapazes de partilhar ou respeitar esses valores comuns. Dentro destes, aqueles que levantam maiores suspeitas têm sido os muçulmanos, acusados de carrearem valores incompatíveis com os valores europeus, de serem, nas palavras de B. Parekh, um “outro hostil”, ou “um inimigo dentro de portas”[2].

Dizer que os movimentos migratórios que se verificaram na Europa nos últimos anos vieram alterar ainda mais a sua paisagem política, jurídica e comunicacional pecará talvez por defeito. As vagas de migrantes (lato sensu), a franca maioria dos quais com necessidade de protecção internacional, levaram os Estados-Membros e a própria União a uma redefinição da sua identidade e dos seus valores, exponenciando um caminho que já se vinha sentindo de há umas décadas a esta parte, de sensação generalizada de perda de identidade e de grande dificuldade em lidar com a diferença. Continuar a ler “Imigração, fronteiras e diversidade”

A UTOPIA DA HOSPITALIDADE – UNIDADE NA DIVERSIDADE

Milton Hatoum e Lídia Jorge reúnem-se no próximo dia 25 de fevereiro, às 21:30, em Serralves, para debater a Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade. A sessão contará ainda com os comentários de Ana Paula Coutinho (Professora da Faculdade de Letras do Porto e Coordenadora Científica do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa) e será moderada por Isabel Pires de Lima (Professora Emérita da Universidade do Porto).

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(Crédito da foto: Marcos Alves)

Sobre os Oradores:

MILTON HATOUM nasceu em Manaus (1952). Estudou arquitetura na USP e estreou na ficção com “Relato de um certo Oriente” (1989), vencedor do prêmio Jabuti (melhor romance). Seu segundo romance, “Dois irmãos” (2000), foi traduzido para doze idiomas e adaptado para televisão, teatro e quadrinhos. Com “Cinzas do Norte” (2005), Hatoum ganhou os prêmios Jabuti, Portugal Telecom, Livro do Ano, Bravo! e o Grande Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2006, lançou “A cidade ilhada”, uma reunião de contos breves. Em 2008, seu romance “Órfãos do Eldorado” foi adaptado para o cin ema, e em 2013 reuniu suas crônicas em “Um solitário à espreita”. Em 2018 recebeu da  Maison de l´Amérique Latine e do Pen Club da França o prêmio “Roger Caillois” pelo conjunto da obra.  O romance “A Noite da espera” (2017), publicado recentemente em Portugal,  é o primeiro volume da trilogia “O lugar mais sombrio”.

Lídia Jorge

(Crédito da foto: Foto LJ- ALFREDO CUNHA)

LÍDIA JORGE escreve ficção, romance e conto, ensaio, teatro e crónica que publica em diversos jornais do país. O seu primeiro romance, O Dia dos Prodígios, foi publicado em 1980, o último, Estuário, um livro sobre a vulnerabilidade do Mundo contemporâneo, saiu em Maio do ano passado. Os seus livros estão publicados em vinte línguas. Actualmente, colabora com a RDP, Antena 2, onde é responsável pelo programa Em Todos os Sentidos.

Mais informação sobre a sessão: AQUI