Por Marcela Uchôa*
“A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer. Nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparecem.”
Antonio Gramsci
Desde o retorno à democracia em 1985, o Brasil não enfrentava uma crise de representatividade tão profunda. Um povo despolitizado pelos média e pelas várias igrejas, escandalizado pela corrupção e privilégios grosseiros de seus representantes, sente-se cada vez mais representado por ninguém. O candidato com maior aprovação popular é proibido de participar nas eleições enquanto que a taxa de rejeição dos principais candidatos à presidência supera o dobro das suas respetivas percentagens de apoio nas sondagens. Continuar a ler “Democracia à deriva: A Crise do Capitalismo Semiperiférico e as Eleições no Brasil”