Por Jéssica Moreira*
O debate abre com um trailer do filme “A Princesa Mononoke”, alertando-nos que sim, esta é uma conferência acerca de ecologia, mas não, esta não é uma conferência pessimista: o impulso utópico é quem marca o compasso e, como impulso utópico que é, não pode deixar de querer ver o seu projeto – ecológico e utópico – realizado.
As primeiras utopias (modernas), relembra Viriato Soromenho-Marques, animam-se desse mesmo otimismo, surgindo – a par da expansão marítima (e ideológica) europeia – como tratado político alternativo àquele oferecido pelos tratados teóricos. Abre-se, com elas, a possibilidade, a praxis e a realização científica como ideais transformadores do tempo histórico que agora se vê como força plástica. Esta maleabilidade do tempo como entidade quasi-política admite-se, assim, como permissiva da ciência enquanto método utópico, sensível à agenda ecológica. A utopia ecológica é, diz-nos, uma utopia moderna. Continuar a ler “Resumo da Sessão A UTOPIA ECOLÓGICA – PATRIOTISMO TERRESTRE: PRESERVAR A VIDA NA TERRA”